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Aladdin (2019) | Crítica

  • Foto do escritor: Guto
    Guto
  • 25 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

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“Eu não serei silenciada” - Jasmine


Após um filme de fantasia de época fraco, o diretor Guy Ritchie nos fez questionar a escolha dele como diretor do mais novo filme de uma das maiores industrias cinematográficas do mundo. Mas, de forma inesperada, Guy nos traz um filme cheio de personalidade, com novas músicas e personagens marcantes.


Diferente de refilmagens vazias e sem alma como A Bela e a Fera (2017) e Alice Através do Espelho (2016), dessa vez a Disney, junto com Guy Ritchie (Rei Arthur: A Lenda da Espada) traz em Aladdin um filme de ótima qualidade, cheio de diversidade e com ótimas surpresas que fazem o telespectador pensar em algumas questões sobre a sociedade atual.


O novo filme faz uma ótima releitura do conto clássico onde um jovem do subúrbio chamado Aladdin (Mena Massoud) é recrutado por Ja’Far (Marwan Kenzari) para roubar uma lâmpada na caverna dos tesouros. Enquanto isso, a princesa Jasmine (Naomi Scott) procura ser algo mais do que apenas uma garota da realeza sem poder de voz devido a suas leis.


Apesar de lindo visualmente e com um ótimo design de produção, a Disney mostra que a sua intenção com Aladdin não era o tornar o principal filme da produtora nesse ano. Algumas cenas podem parecer poluídas visualmente, e boa parte do CGI pode ser considerado fraco pelo espectador, o tirando às vezes de sintonia com o universo criado. Outro ponto negativo a se notar é o Ja’Far, que embora seja mais intimidador, não possui a mesma elegância que fez o vilão do filme original conquistar o coração dos fãs mais assíduos das animações clássicas.


Nas músicas, o filme não deixa nenhum pouco a desejar, chegando a ser melhor que a trilha original. A expectativa era que A Whole New World fosse a melhor música do filme, mas o destaque fica para a inédita Speechless, interpretada de forma esplêndida por Naomi Scott, que entrega uma Jasmine independente e corajosa assim como a sua contraparte animada. Mena Massoud cumpre muito bem o seu papel de Aladdin, e Will Smith honra Robert Williams com um gênio a altura do original.


Diante a tantas obras live action que a Disney lançou até agora, Aladdin é o que mais mostrou ter identidade própria, que é independente da obra original sem precisar desrespeitá-la. Diante de um mundo onde várias sociedades censuram os sonhos e os questionamentos de seus indivíduos, Aladdin também se mostra como uma voz ao redor do globo para todas essas pessoas, sem perder a diversão ao assistir.


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