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Hellraiser: Renascido do Inferno (1987) | Crítica

  • Foto do escritor: Guto
    Guto
  • 12 de jun. de 2019
  • 2 min de leitura

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“A caixa. Você abriu, nós viemos” – Pinhead


Hellraiser: Renascido do Inferno é um filme de terror gore inspirado em um livro feito pelo seu diretor chamado The Hellbound Heart. O enredo gira em torno de Frank Cotton (Sean Chapman), um homem atraente que compra de um tipo de vidente um cubo dourado. Em sua casa, ele tenta abrir o cubo e acaba indo parar em uma dimensão com uma espécie de deuses do sadomasoquismo.


A história segue e somos apresentados à família de Larry (Andrew Robinson), irmão de Frank, que por algum motivo foi morar na casa onde o Frank sumiu com o cubo. Enquanto tenta reformar sua nova casa, Frank acaba cortando sua mão com um prego e é socorrido pela sua esposa no sótão. Seu sangue cai no chão e acaba invocando Frank dessa outra dimensão. Julia (Clare Higgins), a esposa de Larry, descobre que Frank voltou a vida, e o mesmo precisará de mais sangue para que consiga se regenerar por completo.


O enredo do filme não é muito bem escrito. Em vários momentos do filme vemos referências católicas, como estatuas de santos e até mesmo freiras, mas esses elementos não são utilizados no desenvolvimento da história. O foco aqui é a regeneração de Frank, mas a apresentação dos personagens não é muito boa. Kristy (Ashley Laurence) é basicamente a garota do grito e demora um pouco para que o espectador se situe de quem ela é. A personagem de Clare Higgins ganha o maior destaque, mas a coerência da mesma é esquecida devido a supervalorização da figura masculina feita por ela.


Apesar do sangue de ketchup, o filme tem bastantes qualidades para a época em que foi feito. Os Cenobites são uma versão protótipo da Mão de Deus de Berserk (1989). Apesar de possuírem poucas cenas, a maquiagem consegue ser perfeita e criativa, e suas aparições mostram a imponência que eles possuem dentro de seu mundo. Os efeitos práticos também são excelentes, desde a elaboração dos corpos até a concepção dos seres malignos que aparecem.


A trilha sonora é um dos fatores que entregam a aura oitentista do filme. É muito similar a filmes como O Exorcista (1973) e A Hora do Pesadelo (1984). Apesar do roteiro, o filme entrega atuações decentes, mas a interação com os efeitos práticos soa artificial por parte de alguns atores. O melhor entre eles é justamente Clare Higgins, que mostrou a dualidade de sua personagem de uma ótima forma, sendo uma referência quando se lembra do filme.


Hellraiser: Renascido do Inferno é um ótimo filme visual para fãs de terror, especialmente para quem gosta de figuras peculiares que faz os longas dessa categoria memoráveis. O primeiro filme dessa franquia entrega um roteiro datado, com personagens inúteis feitos apenas para morrer. Apesar disso, o longa prende a atenção e vale a pena ser apreciado como um dos grandes clássicos do gore.


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Bom

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