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Bem-vindos a Marwen (2018) | Crítica

  • Foto do escritor: Guto
    Guto
  • 4 de jun. de 2019
  • 2 min de leitura

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“Não há desculpas para o que fizeram com você. É um crime de ódio, puro e simples” - Nicol


Bem-vindos a Marwen é um filme de drama e aventura dirigido por Robert Zemeckis (Forrest Gump) e produzido pela Universal Studios e a Dreamworks Pictures. O filme conta a história real de Mark Hogancamp (Steve Carell), um homem que foi brutalmente espancado em um bar por ter dito que gostava de usar salto alto.


A história do personagem principal não é incomum no mundo real. São muitas as pessoas que sofrem por usar algo fora da tradição comum ou por simplesmente serem diferentes. Após o incidente, Mark acabou perdendo parte de suas memórias e sua coordenação motora. Para lidar com o trauma, ele começou a usar sua imaginação e criou um mundo totalmente novo em seu quintal, feito inteiramente de bonecos ultrarrealistas.


Todos os bonecos refletem diretamente com pessoas que ele já teve contato na vida real. O capitão Hogie, um desses bonecos, é uma contraparte do Mark, onde ele se vê como um herói da cidade fictícia de Marwen. Nessa cidade, ele é constantemente salvo pelas mulheres que residem ali dos temíveis nazistas. Como um comediante nato, Steve Carell (The Office) consegue entregar um pouco de drama aqui, mas em alguns momentos pode ser que suas reações não funcionem muito com o que o roteiro exige.


Bem-vindos a Marwen faz uma crítica velada sobre a representação que Mark faz às mulheres que ele coloca na cidade. Na vida real, suas personagens são mulheres comuns, que trabalham, possuem sentimentos e são fortes. Em seu pequeno mundo, Mark coloca todas essas categorias a elas, mas ao mesmo tempo adiciona hipersexualização e desejo exagerado de algumas delas ao seu protagonista. O filme consegue contornar essa visão dele através de uma bela lição de moral dada pela personagem de Leslie Mann (Bem‑vindo aos 40).


O filme traz um ótimo elenco feminino, que são bem representadas em suas contrapartes reais. Gwendoline Christie (Game of Thrones) aparece por pouco tempo no filme, mas mesmo assim deixa a sua marca interpretando a divertida Anna, uma russa que cuida de Mark de mês em mês. Janelle Monáe (Moonlight) também está no filme, mas suas cenas conseguem ser minúsculas em comparação às outras personagens.


Os efeitos especiais do filme são muito bons. A transição entre a vida real e a entrada na cabeça criativa do Mark é feita de uma maneira suave e prática, e a interação entre os bonecos não é feita de uma maneira escrachada. A trama dentro da cidade de Marwen é leve, mas não agrega muito a história, sendo tratada como um charme a mais para o filme durante o seu decorrer.


Bem-vindos a Marwen é um filme leve, que traz um pouco de diversão para uma história bastante triste por traz. Ao invés de focar nos momentos tristes, o filme decide trazer a recuperação da saúde mental de seu personagem, o que não é uma má decisão. É um bom filme para quem ainda precisa aceitar a si mesmo e tirar dos seus piores momentos uma obra prima.


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Bom

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