Black Mirror 5x01 (2019): “Striking Vipers” | Crítica
- Guto
- 5 de jun. de 2019
- 2 min de leitura

“Ás vezes, você simplesmente some” - Theo
Após quase dois anos, a popular série futurista Black Mirror retorna, e sem precisar de tragédias, ela começa sua quinta temporada com um ótimo episódio. Striking Vipers conta a história de Danny (Anthony Mackie) e Karl (Yahya Abdul-Mateen II), dois jovens que adoram jogar videogame juntos, em especial o jogo de luta semelhante a Street Fighter.
Depois de 11 anos, Karl aparece no aniversário de Danny, que agora é casado e possui um filho, e lhe dá como presente o jogo que eles jogavam em sua adolescência, só que dessa vez, feito para realidade virtual. No início parecerá algo comum, mas ao decorrer da história o sensor de bromance apitará mais do que deveria.
Anthony Mackie (Vingadores: Ultimato) interpreta Danny, um homem de quase quarenta anos, que apesar de casado, começa a manifestar outros desejos sexuais que começam a interferir em seu relacionamento. Apesar do grande nome, Anthony não é o grande destaque do episódio.
Nicole Beharie (A Lenda de Sleepy Hollow) interpreta a esposa de Danny, que começa a perceber uma distanciação do mesmo após receber o jogo, e isso começa a afetar de forma negativa. Ela, junto com Yahya Abdul-Mateen II (Aquaman) entregam as melhores performances do episódio. Yahya interpreta o amigo de Danny, que está vivendo a vida de forma solitária e tenta encontrar no sexo uma forma de sobrevivência à solidão.
O roteiro do episódio é satisfatório e prende o telespectador até o fim, embora em alguns momentos soe como Brokeback Mountain (2005) e Moonlight (2016) com tecnologia. Pom Klementieff (Vingadores: Ultimato) interpreta uma das personagens do videogame e também dá um show de performance, com algo totalmente diferente do que personagens que ela já fez em outros filmes, além de um visual irreconhecível.
Striking Vipers é um episódio que mostra situações comuns, mas utiliza a tecnologia como um complemento a sua história, o que não é algo ruim. O episódio traz boas performances e sua abordagem é sobre a visão humana do que são os relacionamentos em si e até que ponto eles podem chegar. E tudo isso é utilizado sem a utilização do previsível e da tragédia.

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