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Black Mirror 5x03 (2019): “Rachel, Jack and Ashley Too” | Crítica

  • Foto do escritor: Guto
    Guto
  • 6 de jun. de 2019
  • 2 min de leitura

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“Expressar-se através da música pode ser muito empoderador” – Ashley Too


Miley Cyrus (Hannah Montana) reescreve sua vida no último episódio da quinta temporada. Nele, é apresentado ao telespectador uma singela crítica ao mundo da música, acrescentando elementos de White Christmas e The Waldo Moment.


Ashley O (Miley Cyrus) é uma cantora de sucesso que é controlada pela sua tia empresária. Ela é forçada a vender uma imagem que não a representa, e utiliza um diário pessoal para expressar seus sentimentos mais sombrios. Em meio a uma entrevista, Ashley O anuncia um novo produto, a boneca interativa Ashley Too, que aconselha e fala com o seu usuário.


Como presente de aniversário, Rachel (Angourie Rice) recebe de seu pai a tão falada boneca. Ela é uma garota introvertida e uma fã megalomaníaca da cantora Ashley O, com a qual se identifica. Sua relação com sua irmã não é uma das melhores, que não vê de bom grado a chegada da boneca em sua família. O estilo de Jack (Madison Davenport) é alternativo, adora andar com um violão na mão e expressa seus sentimentos sem medo de sinceridade.


O personagem mais desnecessário do episódio é o Kevin (Marc Menchaca), um pai distante e viciado em estudar sobre ratos. Ele não liga para o sentimento das meninas, e o fato de sua esposa ter morrido não o afeta em nenhum momento. Susan Pourfar (Emelie) interpreta a tia malvada de Ashley O. Sua personagem adora jogos mentais, e a atriz consegue transmitir isso tanto em suas falas quanto em seus trejeitos, mostrando uma pessoa completamente tóxica e obcecada pela fama.


O destaque fica pela Miley Cyrus, que interpreta Ashley O e sua contraparte robótica. Algumas de suas interações chegam a lembrar Detetive Pikachu (2019), e não ficam devendo em nada às tiradas que Ryan Reynolds costuma fazer. Além de fazer o público rir e se divertir, Miley nos deixa apreensivos e preocupados com o que acontece com sua personagem, e sustenta as atrizes mirins, que entregam pouco em seus momentos de atuação.


A quinta temporada de Black Mirror vai ser lembrada como a temporada mais leve de toda a série, o que não é algo ruim. Mas, o roteiro deste episódio não é tão consistente e coeso como os anteriores. A história de alguns personagens é deixada de lado em alguns momentos, e outras nem são terminados da forma que deveria.


A sensação ao final é de que o episódio devia ter focado apenas na história de Ashley O, para entregar ao telespectador algo mais redondo e sem furos. Apesar disso, Rachel, Jack and Ashley Too é um bom episódio, que diverte e mantém o telespectador situado com a tela e funciona no que ele propõe.



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Bom

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