Capitã Marvel (2019) | Crítica
- Guto
- 8 de jun. de 2019
- 3 min de leitura

“Eu não tenho que provar nada para você” - Carol Danvers
Capitã Marvel é um filme do universo cinematográfico da Marvel, sendo o primeiro da franquia a ser estrelado por uma mulher. O filme é estrelado por Brie Larson e traz uma história comovente em meio a um roteiro sem polimento.
O filme inicia com uma memória de nossa protagonista, onde a mesma foi abatida por um alienígena. Após esse flashback, o filme mostra um lugar onde as pessoas usam roupas de seda e uniformes de couro, mas que por incrível que pareça, não é a terra no futuro, e sim um outro planeta. Nele, Carol Danvers (Brie Larson) é uma soldada do exército Kree, que visa destruir todos os Skrulls, uma raça inimiga que está a procura de dominar os mundos que eles entram em contato. Ela e seus companheiros entram em uma missão para salvar um dos seus, que se encontra acuado em um serviço.
Desde o início, somos apresentados a um passado onde a heroína é sempre limitada ao seu redor. São vários os momentos em que dizem à personagem que ela não consegue ou não é forte o bastante. O filme faz fortes críticas à demonização dos imigrantes realizado pelo atual presidente dos estados unidos, e também ao conceito do que é bem e o que é mal. Os atos realizados pela heroína são sentidos ao decorrer da película, e todos eles levam para sua redenção, aplicando reflexões sobre não se deixar levar pelo que os outros tentam limitar em sua pessoa através de palavras torpes e de desdém.
Brie Larson surpreende e se diverte bastante ao atuar no filme. Isso reflete em sua personagem, que transmite satisfação aos seus telespectadores e os deixa desejando mais vertentes de sua personagem. Mesmo com um roteiro que não favorece muito à suas falas, Brie entrega o serviço e torna Capitã Marvel um agrado a qualquer um que assiste. Mas não se engane. Assistir ao filme dublado pode remover metade da experiência que é ao vê-la atuando, podendo causar uma impressão totalmente diferente da personagem e do filme para o público mais casual.
A decisão de trazer o Nick Fury (Samuel L. Jackson) para o filme talvez não tenha sido uma das acertadas, pois além de não ter muita relevância para o enredo, ainda há uma revelação sobre o personagem que era melhor não ter sido mostrada. O rejuvenescimento de Nick soava muito bem feito no cinema, mas ao rever o filme com calma, percebe-se que seu rosto soa bastante plástico, entrando no vale da estranheza.
O destaque fica para Maria Rambeau (Lashana Lynch), personagem que deveria ter sido a principal coadjuvante do filme. Ela entrega momentos dramáticos e traz uma personalidade forte que acaba fazendo o público implorar por mais momentos de destaque. Jude Law está no filme para ganhar um cachê extra, e seu papel toma o tempo que a Inteligência Suprema poderia ter tido a mais como vilão. As cenas de ação do filme não são grandiosas, e os efeitos também não ajudam muito, mas servem para o que é proposto e não são horrorosos como os do último ato de Pantera Negra (2018).
Capitã Marvel não é um filme perfeito. Ele apresenta erros de narrativa, personagens desnecessários e ideias que poderiam ser melhor trabalhadas. Apesar de tudo, é um filme que diverte e ensina que apesar de todas as dificuldades, o ser humano pode se levantar e ser algo melhor do que ele já é: um ser livre e sem amarras mentais.

Filme lançado e produzido erroneamente. Poderia ter sido muito melhor se lançado depois de end game, aliás, a bilheteria dele só se deu pois end game estava prestes a ter sua estreia...