Chernobyl 1x03 (2019): “Open Wide, O Earth” | Crítica

“Eu não quero que ele morra sozinho” – Valery Legasov

Cuidado, possíveis spoilers!

O amor fala mais alto que a razão nesse episódio. Lyudmilla Ignatenko (Jessie Buckley) está em Moscou para acompanhar os últimos momentos de seu marido, e tenta esconder ao máximo o fato de estar grávida. Jessie Buckley entrega um dos melhores momentos de drama da minissérie, mostrando várias nuances de suas próprias emoções na personagem. Após os eventos desse episódio, a tendência é que a mesma ganhe mais destaque, já que o evento ocorrido em sua cidade natal interfere diretamente em suas motivações.

Os eventos esperados por Valery Legasov (Jared Harris) não ocorrem como deveriam. Os três homens enviados para neutralizar a concentração de água da usina retornam vivos e agora ele precisa de mineradores para construírem um túnel para que a radiação não chegue nos lençóis freáticos. A sensação é que o arco do personagem foi o mesmo dos episódios anteriores. Ele neutraliza algo, fala das consequências e logo após descobre outro problema na área. Mesmo que outros elementos apareçam em sua história, algumas coisas ainda soam como repetitivas.

Ulyana Khomyuk (Emily Watson) toma o posto de investigadora na série. Ela está procurando saber o que ocasionou a explosão e vai atrás dos operadores que estavam na fatídica noite antes que eles morram. A personagem de Emily Watson apresenta mistérios aos telespectadores, mas ainda não há um ar de que a personagem dela seja algo mais do que aquilo que nos foi mostrado.

O episódio termina de forma fúnebre, mas nada além do esperado. Foi nos mostrado vários pontos de vista sobre os dias consequentes, mas apenas um se destacou ao mostrar com sucesso as consequências do contato com a usina nuclear. A apreensão agora fica pelas consequencias dos atos de Lyudmilla e do massacre silencioso que está sendo realizado em Chernobyl.

Bom