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Chernobyl 1x04 (2019): “The Happiness of All Mankind” | Crítica

  • Foto do escritor: Guto
    Guto
  • 3 de jun. de 2019
  • 2 min de leitura

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“[...] a sua convicção moral não significa nada, abandone-a” - Borys Shcherbina


Cuidado, possíveis spoilers!


O capítulo se passa quatro meses após a explosão. Valery Legasov (Jared Harris) ainda continua procurando meios para eliminar a radiação da usina, e mais corpos humanos são usados para a contenção. Junto com Borys Shcherbina (Stellan Skarsgård), Valery procura utilizar alternativas para não usar mão de obra humana, e procuram auxilio na robótica para remover a maior parte da radiação, mas a tentativa acaba sendo falha.


Embora a minissérie tente, o destaque dado ao ponto de vista de Valery não funciona como deveria. Os atores parecem estar em piloto automático na maioria das cenas. Eles não se movimentam como deveriam, nem se preocupam em dar vida às falas entregues a eles.


Outra visão que também não funciona muito no episódio é a do novo personagem inserido na trama. Ele está lá para mostrar a reação psicológica dos soldados ao matarem os animais infectados na área. É entregue a Barry Keoghan um personagem que se alistou junto com outros jovens para ajudar na contenção de qualquer forma de vida que pudessem transmitir radiação para outras cidades, incluindo árvores e animais.


Embora o roteiro tente ajudar, Barry Keoghan faz cara de paisagem em todos os momentos em que aparece, e o destaque que ele poderia ter recebido nesse episódio se esvai completamente. Esse problema com o ator é recorrente desde o superestimado Dunkirk (2017).


O episódio dá uma aquecida perto do seu fim, onde é mostrado os homens recrutados fazendo a limpeza do terraço da usina. Esse é basicamente o único momento em que se é mostrado o desespero e a agonia em todos os seus minutos de duração, nos jogando logo após em um diálogo do trio que o roteiro infelizmente quis focar.


Lyudmilla Ignatenko (Jessie Buckley), que possuía uma das tramas com mais potencial de dialogar com as emoções do telespectador, é jogada no limbo, e o destaque a personagem quase não existe mais. Após a morte do marido, ela vai morar na Ucrânia e sua gestação aparenta estar ocorrendo bem. O nascimento do bebê não é retratado, sendo somente citado pela doutora Ulyana Khomyuk (Emily Watson). A série perde a oportunidade de mostrar uma das cenas que poderia ser a mais angustiante da minissérie e desperdiça o talento de seus atores.


Chernobyl começa a se perder no próprio tom que construiu. Há momentos que se passa a impressão de que a direção esqueceu seu telespectador e mantém a trama através de diálogos mornos, algo recorrente nas séries da HBO. Mesmo com um inicio marcante, a série começa a demonstrar maresia, e suas tramas se repetem até o ultimo momento, com o saldo de qualidade menor do que o esperado.



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Regular

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