Chernobyl T01E01 (2019): “1:23:45” | Crítica
- Guto
- 24 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 31 de mai. de 2019

“Nessas histórias, não importa quem são os heróis. Só queremos saber quem é o culpado”
Agonia e ansiedade. Esses são os dois sentimentos mais presentes enquanto se assiste o piloto dessa nova minissérie da HBO. Pássaros mortos, peles vermelhas, mulheres grávidas e principalmente negligência. É isso o que você irá ver no primeiro episódio de Chernobyl.
Desde o seu início, a série declara que não possui heróis, pois nunca existiu seres que pudessem salvar a população daquele incidente a não ser os próprios causadores do mesmo. Um paralelo pode ser feito com acidentes ambientais brasileiros como rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho. O primeiro evento, assim como Chernobyl, foi um acidente olhado com descaso por parte da empresa responsável pelos locais, fazendo com que a negligência acabasse prejudicando outra cidade.
E é exatamente isso que é trabalhado nesse primeiro capítulo. Os personagens foram levados a acreditar que a explosão da usina nuclear equivalia a um desmoronamento de um prédio qualquer. A solução seria apenas dormir e acordar no outro dia visualizando o prédio restaurado ao que era antes. Mas não é isso que acontece.
O roteiro aqui não é romantizado como em Titanic (1998). Aqui, o drama criado pelo diretor Craig Mazin (Se Beber, Não Case 3) mostra vários pontos de vista sobre o evento, desde donas de casa até os trabalhadores daquela madrugada fatídica na usina. A minissérie traz uma paleta de cores mais escura e realista, para que além das atuações, ela consiga transmitir um sentimento de angústia enquanto o telespectador observa cidadãos comuns inalando as partículas geradas pela explosão.
Depois desses primeiros eventos, agora nos resta esperar como será o desenrolar da história no próximo episódio. As consequências chegarão e não serão somente para alguns personagens, e sim para uma cidade inteira. Ao contrário dos inúmeros filmes e séries de terror, essa minissérie veio para mostrar que não há nada mais assustador do que a vida real.

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