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Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile (2019) | Crítica

  • Foto do escritor: Guto
    Guto
  • 23 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 23 de mai. de 2019


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"Você teria sido um bom advogado. Eu adoraria ver você praticando na minha frente." - Edward Cowart


Extremely Wiked (2019) foi lançado recentemente pela Netflix internacional e conta a história de Ted Bundy (Zack Efron), um serial killer famoso nos Estados Unidos. O filme tenta abordar de forma leve sobre relacionamentos tóxicos através da perspectiva de Elizabeth Kloepfer (Lily Collins), a ex namorada do Ted, que entrou em estado de negação ao receber as notícias de assassinato do seu noivo pela primeira vez.


Quando o primeiro trailer deste filme foi lançado, a impressão publica foi que o diretor Joe Berlinger (Pretty Old) tentou romantizar e colocar o Ted Bundy como um possível mocinho. Essa impressão se dava devido a trilha sonora utilizada, que era alegre demais para uma história tão macabra. Já no segundo trailer, tentaram consertar o que tinha sido feito, colocando esse personagem como o real sádico e dissimulado que ele é.


Infelizmente, esse problema também veio junto com esse filme. São várias as cenas onde a trilha sonora não bate com o conteúdo que está sendo mostrado na tela, fazendo até pensar que é tudo menos o filme de suspense que ele se propôs a ser em sua narrativa.

Os cortes também não ajudam. Personagens desaparecem e surgem do nada, atores acabaram desfavorecidos devido algumas escolhas de filmagem não focar o tempo necessário neles e câmeras tremidas que tiram a imersão que o filme deveria ter.


Mesmo com os cortes que fizeram o filme parecer um trailer gigante, o que torna o filme bom são as atuações. Lily Collins (Espelho, Espelho Meu) entrega uma personagem que está em um estado de negação devido às promessas do personagem de Zack Efron (O Rei do Show), que interpreta de forma satisfatória o sarcástico Ted, mas ainda assim deixa a impressão de ser o mesmo papel de filmes anteriores que ele já fez.


O destaque fica também aos coadjuvantes. John Malkovich interpreta um compilado dos vários juizes que já passaram pela vida do Ted, e não deixa a desejar. O show fica por parte de Angela Sarafyan (Westworld) e Haley Joel Osment (Inteligência Artificial) que interpretam a voz da razão que a protagonista custa a ouvir, e quando aparecem em cena sempre deixam um gostinho de quero mais.


Não vá assistir esse filme esperando cenas sanguinolentas. O filme segue uma linha totalmente dramática em sua narrativa e não foca na encenação dos assassinatos, e sim nos julgamentos realizados contra o Ted Bundy.


No geral, o filme desperdiça oportunidades que o poderiam colocar entre um dos melhores filmes de drama. A sensação ao seu final é algo parecido com água com açúcar, que você pode assistir no final de uma tarde e simplesmente esquecê-lo no outro dia. A salvação desse filme fica por parte dos atores, fazendo com que o espectador mantenha o interesse no filme até o fim, mesmo que seja pelos motivos errados.



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