Fim do Mundo (2019) | Crítica
- Guto
- 26 de mai. de 2019
- 2 min de leitura

“Ela disse que um de nós pode dormir com ela?” - Gabriel
Fim do Mundo é um filme de ficção científica com tentativa de humor negro lançado pela Netflix. Após o sucesso estrondoso de Stranger Things (2016), a Netflix ainda procura emplacar um novo sucesso estrelado com crianças. Após o fracasso de Everything Sucks (2018) o streaming reúne coragem e consegue fazer algo ainda pior no novo filme dirigido por McG.
A história gira em torno de quatro crianças que são recrutadas para participar de um acampamento chamado Fim do Mundo. Os estereótipos aqui rolam soltos. Há o ruivo nerd, o negro exagerado, a asiática certinha e o zé ninguém que fugiu do reformatório. Com todos os protagonistas no acampamento, a terra começa a ser invadida por alienígenas e eles recebem a missão de entregar um objeto importante para o destino da humanidade.
É aquele tipo de filme que faz você querer parar de assistir e ir fazer outra coisa antes de continuar. Tudo nele remete a clichês já consolidados em outros filmes como É o Fim (2013) e Se Beber não Case (2009). Para disfarçar os efeitos, a direção do filme decide mudar a fotografia de uma hora para a outra para disfarçar a qualidade visual, que beira à brega.
A atuação mirim tenta, mas não consegue salvar o filme. A motivação e as atitudes dos personagens são muito mal pensadas até para adolescentes de 13 anos. Isso se deve ao roteiro, que decide seguir uma linha reta e sem nenhuma criatividade durante as falas. King Bach (Cinquenta Tons de Preto), um dos adultos do filme e famoso por virais lançados na internet, aparece novamente para passar vergonha em frente as telas. Com uma atuação sofrível e vergonhosa, ele demonstra ser de longe um dos piores atores de hollywood.
Se chegou o fim de semana e você quer assistir um filme como passatempo no streaming da Netflix, Fim do Mundo com certeza não é uma boa pedida. Com um roteiro horrível e efeitos vergonhosos, esse é mais um daqueles filmes que se deve ficar longe devido a radiação. Não é daqueles filmes que você acha tão ruim que fica bom. É aqueles filmes que você assiste, que de tão ruim, continua ruim.

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