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Godzilla II: Rei dos Monstros (2019) | Crítica

  • Foto do escritor: Guto
    Guto
  • 30 de mai. de 2019
  • 3 min de leitura

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“Vida longa ao rei” – Emma Russell


Após um péssimo primeiro filme, a Warner tenta emplacar novamente em um novo universo cinematográfico com Godzilla II. O novo filme é dirigido por Michael Dougherty e é ambientado em um mundo onde as pessoas possuem habilidades auditivas de alta resistência.


O filme começa relembrando o primeiro ataque dos monstros através da perspectiva da família Russell. Quase cinco anos após o evento, a doutora Emma Russell (Vera Farmiga) ainda sofre com a perda de seu filho no incidente, o que acaba a prejudicando mentalmente. Ela, ao lado de sua filha, faz testes em um dos territórios da agência Monarch para gerar o nascimento de Mothra, um inseto fêmea gigante. O teste acaba bem-sucedido, mas ambas são capturadas por uma equipe misteriosa.


Apesar de um ótimo elenco, o filme tropeça mais do que acerta. Finalmente temos um maior foco nos monstros, mas o tempo ainda é pouco comparado ao destaque que o plot humano ainda possui. Embora aparente interessante no início, após a aparição dos monstros o interesse para o que os humanos fazem ou deixam de fazer acaba desaparecendo no telespectador. Não há emoção e muito menos vontade de assistir ao filme durante algumas cenas, fazendo com que a pessoa que assiste tenha duas opções: ou pula o filme para a pancadaria ou sai do cinema e vai assistir outra coisa em casa.


Não há motivo para boas atuações no filme, até porque o roteiro não dá margem para isso. As motivações dos vilões são basicamente as mesmas motivações vistas em outros filmes de maior sucesso. Charles Dance (Game of Thrones) entra em cena quebrando tudo e botando moral no início do filme, mas no final das contas o seu personagem nem ao menos um nome recebeu.

Vera Farmiga (Invocação do Mal 2) tenta dar um pouco de profundidade a sua personagem, mas todo o seu esforço é jogado no lixo, já que as atitudes da personagem não são condizentes entre si. A Millie Bobby Brown (Stranger Things), que foi tanto veiculada nas propagandas do filme como figura de destaque, acaba sendo apagada pela sua própria fama, recebendo uma personagem que poderia ser substituída por qualquer coisa que não faria diferença alguma.


Mas o filme possui algumas qualidades, que infelizmente são apagadas devido ao péssimo roteiro. A fotografia do filme é bem trabalhada durante as batalhas dos monstros, transmitindo a tensão como uma obra de arte, da forma como o diretor queria transmitir. Os efeitos especiais compensam a falta de uma trilha sonora marcante, mostrando que além de bem detalhados, os Titãs também possuem personalidade, havendo momentos onde ficamos mais apreensivos e tristes pelo o que acontece a eles do que com a vida humana representada no filme.


De forma inversa ao primeiro filme, onde havia poucos personagens e histórias sem emoção, Godzilla II adiciona muitos personagens e peca pelo excesso. Há um conceito de narrativa interessante, mas que infelizmente não é bem aplicado. Após a enxurrada de referências ao outro rei no filme, Godzilla vs Kong estará vindo em breve, mas com pouca garantia de interesse por parte do público. Só nos resta esperar a introdução de robôs gigantes nessa franquia para ver se a parte humana ganha um pouco mais de peso. Entre assistir esse filme no cinema ou ver em casa, o aconselhável é olhar o compilado das cenas do titã no youtube.


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Ruim


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