Patrulha do Destino T01E15 (2019): Patrulha do Ezekiel | Crítica
- Guto
- 25 de mai. de 2019
- 2 min de leitura

“Eu deveria ser o vilão dessa merda.” – Sr. Ninguém
Cuidado com Spoilers!
Patrulha do Destino termina como começou: da forma mais bizarra possível. E isso é muito bom. Depois da grande revelação do Dr Niles (Timothy Dalton), Sr. Ninguém (Alan Tudyk) está à deriva em seu espaço branco com o seu objetivo de vingança completo, mas assim como o local onde ele reside, ele sente que ainda falta um gran finale.
Aparentemente não havia muito o que fazer nesse episódio. Todos os plots pessoais já haviam terminado. Rita Farr (April Bowlby) e Larry (Matthew Bomer) procuram não se esconder mais perante a sociedade, o que é uma evolução em vista do quão eles se sentiam reprimidos dentro da mansão. Cliff (Brendan Fraser) aparentemente voltou a ser uma figura popular e Jane (Diane Guerrero) ainda demonstra não ter superado a revelação feita pelo Niles.
O foco do episódio fica em grande parte no próprio Niles, que ao mesmo tempo tenta conciliar a reviravolta do episódio anterior com uma nova surpresa ao grupo. Timothy Dalton transforma o personagem em um homem ambíguo, que demonstra medo e tristeza, com um ótimo senso de moda mesmo em seus piores momentos. Apesar dos pesares, a simpatia que o espectador tem pelos personagens não desaparece, mesmo que eles sejam vilões de sua própria história ou tenham feito um jumento interdimensional que suga uma cidade inteira.
Alan Tudyk teve bastante consistência em seu personagem durante toda a temporada, e não foi diferente aqui. Desde bêbado a confuso, Alan mostra que o seu Sr. Ninguém não é um deus perfeito. O personagem tem vulnerabilidades e em diversos momentos é perceptível que ele foi apenas mais uma vítima das experiências do Niles. A única diferença dos outros personagens é que ele recebeu poderes que o fizeram perceber isso. Não posso deixar de falar do Caçador de Barbas (Tommy Snider) que consegue se destacar de forma hilária mesmo com pouco tempo de tela. O bom é que a primeira temporada termina com a possibilidade de ambos voltarem no futuro.
Flex Mentallo (Devan Chandler Long) desapareceu nesse episódio. Ele e a população que residia em Danny simplesmente não apareceram. O motivo desse sumiço deve ser explicado na próxima temporada, mas de certa forma é uma decepção personagens tão bem elaborados não terem aparecido em cena. Mas o motivo é compreensível, já que o foco da narrativa era somente a quase-equipe que nos foi apresentada desde o segundo episódio.
Agora que a primeira temporada terminou, nos resta esperar pela segunda, que nos promete novos personagens e muito mais bizarrices pela frente. Mesmo com o Sr. Ninguém jogado para escanteio, é de se esperar que novas coisas estranhas e novos segredos apareçam. Mas não é de se negar que forma excêntrica e diferente de se contar histórias da primeira temporada de Patrulha do Destino a elevou para o status de melhores séries da atualidade.

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