X-Men: Fênix Negra (2019) | Crítica
- Guto
- 6 de jun. de 2019
- 2 min de leitura

“Quando eu perco o controle, coisas ruins acontecem. Mas a sensação é boa” – Jean Grey
Após o fiasco que foi X-Men: Apocalipse (2016), a franquia da Fox perdeu toda a sua força nos cinemas e seu filme de conclusão ficou completamente desacreditado. O que é uma pena, pois X-Men: Fênix Negra fecha a franquia com grandes cenas de ação e respeitando o tom estabelecido em X-Men: Primeira Classe (2011).
O filme começa mostrando uma parte da infância de Jean Grey (Sophie Turner). Um acidente ocorre e somos levados ao presente, onde os X-Men são heróis populares e estão se preparando para uma missão no espaço. Lá, Jean Grey acaba absorvendo uma energia cósmica confundida com uma explosão solar.
Desde o seu início, o filme conta com uma trilha sonora marcante. E era de se esperar, já que o ótimo Hans Zimmer (Interestelar) está no controle das sinfonias realizadas. O filme é um dos mais sérios da franquia. Ele não utiliza o tom sombrio de Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016), e sim um estilo parecido com o de Logan (2017). Diferente do seu antecessor, há uma preocupação com a vida humana no filme, e os mutantes não são invulneráveis como X-Men: Apocalipse fazia soar. Eles se machucam, sofrem perdas e lutam entre si. As mortes são sentidas, tanto de humanos quanto mutantes.
Nada é jogado no filme. O professor Xavier (James McAvoy), diferente da trilogia anterior, é uma pessoa vulnerável e acaba sendo o vilão de sua própria história. Suas intenções acabam indo além de viver em harmonia com os humanos normais, e sim obter reconhecimento próprio e destaque em meio a sociedade.
Enquanto isso, Magneto (Michael Fassbender) tenta se redimir através da criação de uma cidade de mutantes, que ainda está em estágios iniciais. O conflito entre o trio formado por eles dois e Mística (Jennifer Lawrence) ainda possui um peso para a história, mas dessa vez não de forma que implique com a fluidez da história.
Finalmente temos destaque aos outros mutantes aqui, principalmente nas cenas de ação, que foram muito bem-feitas para o tom que o filme possui. Jean Grey e Ciclope (Tye Sheridan) finalmente possuem um romance entre eles, e Mercúrio é jogado para escanteio. Todos os mutantes recebem o destaque que merecem, mesmo tendo que dividir tempo de tela. Há um destaque especial para as cenas de Noturno (Kodi Smit-McPhee) que finalmente entrega cenas dignas ao antigo personagem em X-Men 2 (2003).
Mas nem tudo são flores. Tempestade (Alexandra Shipp) recebe mais falas em vista do filme anterior, mas ainda fica bastante apagada no filme. Suas cenas se resumem a soltar raios pelas mãos, e só. A vilã do filme, interpretada por Jessica Chastain, traz o peso que o filme precisa, mas suas motivações são de inimigos comuns já vistos em filmes como Homem de Aço (2013).
X-Men: Fênix Negra encerra a franquia com ótimos momentos de ação e um roteiro de conclusão valorizando os seus personagens ao decorrer da história. Mesmo demostrando que não há mais o que fazer neste universo, o filme diverte e respeita o desenvolvimento dos personagens até aqui. Agora, é esperar para que os personagens apresentados até aqui sejam readaptados no Universo Cinematográfico da Marvel e encantem uma nova legião de fãs com uma visão mais heroica que antes.

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